quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Artigo Luzia Aparecida Ferreira Sarate N°2


AFETIVIDADE E Modo mobile
AFETIVIDADE          EDUCAÇÃO ESCOLAR
AUTORA: Luzia Aparecida Ferreira Sarate
Introdução:O amor na educação escolar, hoje em dia há a necessidade de a escola estar em perfeita sintonia com a família. A escola é uma instituição que complementa a família e juntas tornam-se lugares agradáveis para a convivência de nossos filhos e alunos.
Resumo: Esse Artigo trata da importância do amor na educação escolar. É necessária uma conscientização muito grande para que todos se sintam envolvidos neste processo de constantemente educar os filhos. A base da educação não está no autoritarismo, em a escola levar os problemas do aluno para a família como uma ameaça ou motivo de vingança com o aluno, mas sim com o objetivo amor.  O ato de amor na educação escolar é um tema que merece reflexão, pois se vive numa época em que a sociedade encontra-se desestruturada e a desintegração dos valores são os maiores obstáculos para o ser humano. Já que a sociedade baseia-se no individualismo, e o coletivo tornou-se arcaico, as crianças e adolescentes envolvidos neste contexto, vivem sufocados por um mundo dominador e conseqüentemente matam suas potencialidades tornando-se vitimas de um mundo sem amor. A “ausência de uma tradição de estudos sobre as relações que as famílias mantêm com a escolaridade dos filhos” (2000, p.09) e o “[...] relativo consenso, entre os autores, de que se trata de uma relação complexa e, por vezes, assimétrica, no que diz respeito aos valores e objetivos entre essas duas instituições [...]”. (2000, p.09) Nós educadores temos que ver além do que todos vêem ver o que existe atrás de um simples olhar. Ser professor é olhar além do conhecimento e ver que a criança e um ser humano necessitado de amor, carinho e compreensão. O amor traz amor e nossos alunos levarão nossos atos do dia a dia para o resto de suas vidas e passarão a outros. Içami Tiba (1996, p.140) nos diz que "o ambiente escolar deve ser de uma instituição que complemente o ambiente familiar do educando, os quais devem ser agradáveis e geradores de afetos. Os pais e a escola devem ter princípios muito próximos para o benefício do filho/aluno". Segundo a Revista Eletrônica de Educação (2008, p 02 ):O amor sincero e  não palavras, e sim exemplos.As primeiras impressões que recebem, as mentes puras e delicadas dos meninos e das meninas ficam-lhes gravadas por toda a vida. A  presença de dialogo, do respeito ao outro na analise de situações que precisam ser discutidas. Gestos e atitudes agressivas também ficam: só que em forma de lembranças amargas que deveriam ser esquecidas, mas que permanecem para sempre. Nessa perspectiva, é oportuno novamente citar Içami Tiba (1996), quando diz que ensinar é transmitir o que você sabe para quem quer saber, portanto, é dividir sua sabedoria. Mas, é uma estranha divisão que não segue as leis matemáticas, porque você divide, mas não perde o que era seu, pelo contrário, pode ganhar o que nem lhe pertencia. “Ensinar faz o mestre rever seus próprios conhecimentos com possibilidades de atualizá-los. Os sentimentos de gratidão, admiração e respeito do aprendiz alimentam a alma do mestre. Portanto, ensinar é também trocar” (TIBA, 1996, p.142). O aluno que sente necessidade de recordar o seu educador e seguir, na vida pratica os seus ensinamentos, é por certo a mais bela prova do bom comportamento resultado da educação.  Mas ainda há tempo para parar e pensar, refletir, mudar e começar a ver melhor com mais profundidade o seu aluno com os olhos do amor.
Augusto Cury (2007, p. 09.) nos comenta que:Educar é realizar a mais bela e complexa arte da inteligência. Educar é acreditar na vida e ter esperança no futuro, mesmo que os jovens nos decepcionem no presente. Educar é semear com sabedoria e colher com paciência. Objetivos planejar, avaliar e buscar formas de motivação, pois só uma boa e grandiosa motivação pode mudar a situação, pode tirar a educação da crise, crise essa que se originou das mudanças, mudanças em todos os sentidos, na família, relacionamentos, idade, idéias, status, no trabalho, na escola, hábitos e comportamento no dia a dia. Diante disto, podemos te dizer que o motivo dessa crise se deu pelo fato da má administração dessas crises. É complicado ceder às mudanças, se adaptar as mesmas e transformar a situação. Mas, a partir do momento em que se acredita em algo e lutamos para torná-lo real é possível sim. Sabemos que a diversidade de personalidade e situações pelos quais passam nossos alunos é enorme, incalculável, pois temos alunos de várias caras, tipos, formas, embalagens, tamanhos, cor, gosto e que cada um necessita de nossa atenção especial, de um olhar amigo, um sorriso, um gesto carinhoso, amor. Então, como assegurar que a escola está cumprindo o seu papel de formação cidadã? Deve-se promover principalmente na esfera escolar a contextualização de temas atuais que mostrem ao estudante a importância de ser aluno-cidadão e que sejam, de acordo com Dayrell (1999), meios através dos quais ele possa se compreender melhor e compreender o mundo físico e social onde se insere, contribuindo, portanto, na elaboração de seus projetos. A escola necessita de uma aproximação com a realidade do aluno e da própria comunidade na qual ela está inserida. O aluno precisa, também, ser incentivado a pensar por si próprio e buscar os conhecimentos de seus interesses, nas bibliotecas, museus, etc. É certo que os papéis da família e da escola, antes prioritariamente repressores, modificaram-se ao longo das últimas décadas. Nesse sentido, é importantíssimo conscientização de que a relação entre educação, escola/família/sociedade deve ser alvo de uma transformação contínua, que influência os modelos vigentes de educação, de escola e de sociedade. As escolas devem ser mais ativas e participativas, para despertar no aluno o desejo de aprender. E o apoio e a coesão familiar podem proporcionar as crianças uma estrutura equilibrada e sadia, para crescerem e tornarem-se cidadãos conscientes de seu papel na sociedade sendo capazes de interagir e intervir na realidade. É importante lembrar, que trabalhar com a formação de crianças e adolescente é uma tarefa um tanto difícil, pois os educadores devem ter capacidade de trabalhar com conflitos gerados pela impulsão dos jovens de querer tudo muito rápido, já estamos na era da informática e basta só um clique para se ter tudo nas mãos. A escola atual, de forma geral, apresenta maior facilidade de comunicação com os pais, mas para se chegar a este patamar não foi muito fácil. Assim como a família, a escola deve tornar a criança capaz de assumir suas responsabilidades, tomar decisões, aprender qualquer ofício, desenvolver suas habilidades, visando assim não apenas o conhecimento, mas também a formação de valores. A relação escola-família prevê o respeito mútuo, o que significa tornar paralelos os papéis de pais e professores, para que os pais garantam as possibilidades de exporem suas opiniões, ouvirem os professores sem receio de serem avaliados, criticados, trocarem pontos de vista. Tal parceria implica em colocar-se no lugar do outro, e não apenas enquanto troca de favores, mas:... a cooperação, em seu sentido mais prodigioso: o de supor afetos, permitir as escolhas, os desejos, o desenvolvimento moral como construção dos próprios sujeitos, um trabalho constante com estruturas lógicas e as relações de confiança. (TOGNETTA, 2002, p. 33) Vitor Paro (s.d., s/p) nos afirma que a escola deve utilizar todas as oportunidades de contato com os pais para transmitir informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e também sobre a parte pedagógica. Desta forma, a escola estará levando a família da criança/adolescente se sentir comprometida com a melhoria da qualidade escolar e conseqüentemente com o desenvolvimento de seu filho. Nas palavras de Freire (2000, p.104) “a educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer ao debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa.” Como se pode observar, o ato de amor na educação escolar exige dos profissionais de educação uma postura diferente, tomando uma nova consciência a respeito das reuniões escolares baseadas em temas teóricos para falar dos problemas do aluno, sobre notas baixas, etc. Este tipo de reunião, não proporciona o início de uma parceria. A escola deve buscar a criação de espaços de reflexão e experiência de vida numa comunidade educativa, instituindo, acima de tudo, a aproximação das duas instituições escola e da família. No Parágrafo único do Capítulo IV do Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990, s/p) nos diz que "é direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais", ou seja, trazer as famílias para o convívio escolar já está prescrito no Estatuto da Criança e do Adolescente esta faltando é concretizá-lo, é pôr a Lei em prática. Família e escola são pontos de apoio ao ser humano. são sinais de referência existencial. Quanto melhor for a parceria entre ambas, mais significativos serão os resultados na formação do educando/filho. A participação dos pais na educação formal dos filhos deve ser constante e consciente. Vida familiar e vida escolar são simultâneas e complementares. Precisa de um despertar urgente, pois, estamos numa época em que a tecnologia está predominando enquanto os sentimentos, as emoções ficam esquecidas.
Conclusão: Quanto mais tecnologia o mundo oferece se aumenta a necessidade de demonstrar um afeto, quanto mais conforto se compra mais aumento o vazio do emocional, o mundo tem invertido seus valores e está ensinando a geração futura a viver de forma tecnológica e não de forma humana, onde há a necessidade do humano com o humano, e acima de tudo do Divino com o humano.  Conforme o decorrer da história, os avanços tecnológicos, a atitude humana está sendo substituída gradativamente por máquinas aparelhos eletrônicos, pela internet, tornando a sociedade a educação bem como a família a uma realidade fria sem diálogo e em muitos momentos sem um verdadeiro sentido. Há um resgate a ser feito no mundo da educação.
Referência bibliográfica
BRASIL, Estatuto da criança e do adolescente – ECA. Brasília, Distrito Federal: Senado, 1990.
CURY, AGUSTO. Pais brilhantes professores fascinantes: educação auto-ajuda, São Paulo: Sextante, 2007.
TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. São Paulo: Gente, 1996.
TOGNHETTA, L. R. P. A construção da solidariedade: a educação do sentimento na escola. Campinas, SP: Editora: Mercado de Letras/ FAPESP,2003.

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