A
ARTE DE APRENDER BRINCANDO: A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NO PROCESSO
ENSINO-APRRENDIZAGEM
ILZENI
RODRIGUES DA SILVA BARBOSA¹
¹ Professora,
formada em Pedagogia e atuante no Centro Educacional Municipal
Criança Esperança V no Município de Rio Brilhante, MS
RESUMO
Os jogos são
considerados os recursos pedagógicos na construção de conhecimento
e na interação com os alunos, atendendo às propostas e às
necessidades de cada grupo. O jogo, as brincadeiras, as invenções
infantis buscam transformar o mundo, abrem a possibilidade do
princípio do prazer, da realização do criar e do viver o não-real,
dentro do mundo real. Assim, este trabalho foi realizado com trinta e
sete alunos do 1º ano onde se objetivou desenvolver a participação
das crianças despertando a sua criatividade e a memória através
dos jogos, exercitando a agilidade mental proporcionando uma conexão
pedagógica entre jogo, a escrita e a fala tornando-os sujeitos
ativos do processo ensino aprendizagem, desenvolvidos
intelectualmente e estimulados a ampliação de frases, através de
uma seqüência lógica, atenção e a concentração relacionando a
oralidade e a construção da escrita. Os objetivos propostos no
inicio do desenvolvimento deste trabalho foi alcançado, pois os
alunos conseguiram desenvolver suas habilidades motoras e
intelectuais.
INTRODUÇÃO
A criança
necessita brincar, jogar, criar e inventar para manter o equilíbrio
com o seu mundo, proporcionando relações entre os parceiros do
grupo. Durante os jogos a criança estabelece decisões, conflitua-se
com seus adversários e reexamina seus conceitos, pois o jogo é uma
forma de divertimento que contribui e enriquece o desenvolvimento
intelectual (CORIA-SABINI,
1986, p.3).
A
criança precisa ser alguém que joga para que, mais tarde, saiba ser
alguém que age, convivendo sadiamente com as regras do jogo da vida.
Saber ganhar e perder deveria acompanhar a todos sempre (ORSO, 1999,
p. 7).
Teles (1999)
enfatiza que o brincar se coloca num patamar importantíssimo para a
felicidade e realização da criança, no presente e no futuro.
Brincando, ela explora o mundo, constrói o seu saber, aprende a
respeitar o outro, desenvolve o sentimento de grupo, ativa a
imaginação e se autorealiza.
Segundo Rojas
(2009, p.22):
“É nesse sentido
que o educador (a) deve valorizar o brincar da criança, ao menos nos
primeiros sete anos de vida. Atualmente, é no brincar livre que a
criança vai estruturar sua capacidade de julgamento, a capacidade de
fundamentar sua personalidade em importantes valores, princípios e
regras.”
Em situações
simples, outras mais complexas, o jogo desenvolve o raciocínio do
aluno, a atenção aguça e os sentidos se ajustam as novas situações
e a aprendizagem se torna melhor.
Os jogos passam a
ter significados positivos e de grande utilidade no processo
ensino-aprendizagem quando o professor proporciona um trabalho
coletivo de cooperação, comunicação, socialização, manipulação,
criatividade, descontração e participação.
Nos jogos
educativos encontram-se atividades lúdicas e desafiadoras, onde o
aluno vai construir conceitos, refletir possibilidades e relações,
desenvolvendo tanto o nível cognitivo, quanto o nível afetivo.
Os jogos são os
recursos pedagógicos na construção de conhecimento e na interação
com os alunos, atendendo às propostas e às necessidades de cada
grupo. Os jogos auxiliam o processo ensino-aprendizagem, podendo ser
modificado, surgindo infinitas possibilidades conforme o nível de
aprendizagem dos alunos.
Apresentar algo
desafiador e que seja interessante para que as crianças possam
aprender a perder, ganhar, criar jogos, conviver com limites e
regras, lidar com frustrações, aprender de forma diferente.
O jogo é seguido
pela fantasia da criança e, metaforicamente, reveste seus desejos e
sonhos de recriar situações e vivências do mundo real.
Segundo Rojas (2009
p.41)
“O jogo, as
brincadeiras, as invenções infantis buscam transformar o mundo,
dominar seus efeitos de sentido. Abrem a possibilidade do princípio
do prazer e da realização do criar, logo do aprender e de viver o
não-real, dentro do mundo real. O brincar é o espaço de
transformação.”
As condições para
que o jogo seja produtivo no processo ensino-aprendizagem deve
permitir que todos os jogadores participem ativamente do jogo do
começo ao fim e trabalhar com grupos pequenos para que o professor
(a) possa acompanhar as reações de cada criança. Fazer
questionamentos para que as crianças possam se auto-avaliar no
desempenho do jogo também é uma das condições.
Optar por jogos que
sejam propícios às crianças de acordo com o seu desenvolvimento e
prontidão, tentando descobrir o que eles precisam para vencer alguns
obstáculos.
Todo jogo deve ser
analisado pelo professor antes de ser aplicado. Lara (2004) diz que
não se deve tornar o jogo algo obrigatório, sempre buscando jogos
em que o fator sorte não interfira nas jogadas permitido que vença
aquele que descobrir as melhores estratégias, estabelecendo regras,
que podem ser modificadas no decorrer do jogo. É importante
trabalhar a frustração pela derrota na criança, no sentido de
minimizá-la estudando o jogo antes de aplicá-lo e analisar as
jogadas durante e depois da prática.
OBJETIVOS
Este trabalho teve
como objetivo desenvolver a participação das crianças despertando
a sua criatividade e a memória através dos jogos, exercitando a
agilidade mental proporcionando uma conexão pedagógica entre jogo,
a escrita e a fala tornando-os sujeitos ativos do processo ensino
aprendizagem, desenvolvidos intelectualmente e estimulados a
ampliação de frases, através de uma seqüência lógica, atenção
e a concentração relacionando a oralidade e a construção da
escrita.
METODOLOGIA
Este
trabalho foi realizado com trinta e sete alunos do 1º ano
(alfabetização), do Centro Educacional Municipal Criança Esperança
V, por um período de 4 meses onde os mesmos demonstraram interesse,
atenção e entusiasmo.
Para tal foram
escolhidos 12 jogos que atendessem o nível de idade dos alunos. Os
jogos utilizados foram Objeto secreto, Caixa surpresa, Ampliando
frases, Palavras e frases, Jogo das parlendas, Coluna das palavras,
Bingo de rótulos, Qual é a palavra, Dominó de palavras, Brincando
de escrever melhor, Alfabeto vivo e Palavras que dão origem a
outras.
Algumas regras
foram utilizadas para serem estabelecidas com o grupo: expor os jogos
para os alunos consultando-os se há interesse em jogar e dar a todos
os mesmos direitos de participar e vencer, expondo as regras dos
jogos, e ao final deixarem tudo em ordem organizando a sala de aula e
os jogos.
RESULTADOS
No decorrer dos
trabalhos com os jogos observou-se o crescimento intelectual de cada
criança.
No inicio da
implantação dos jogos com os alunos foi difícil o respeito as
regras, mais com o passar do tempo todos começaram a entender e
respeitar as regras e a possibilidade de vencer ou perder.
Ao final dos
trabalhos com jogos observou-se que os alunos também desenvolveram
a agilidade ao organizar os grupos, os jogos e a sala de aula.
CONCLUSÕES
Os objetivos
propostos no inicio do desenvolvimento deste trabalho foi alcançado,
pois os alunos conseguiram desenvolver suas habilidades motoras e
intelectuais. Pois ao trabalharmos com jogos com os alunos estaremos
despertando neles a importância de se trabalhar em grupo
possibilitando momentos e novas experiências, os quais contribuirão
significativamente para a aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
CORIA-SABINI,Maria
Aparecida. Psicologia
Aplicada à educação,
São Paulo:EPU,1986.
LARA, Isabel
Cristina Machado de. Jogando
com a Matemática de 5ª a 8ª série. São
Paulo: Rêspel,
2004.
ORSO, Darci.
Brincando,
Brincando Se Aprende. Novo
Hamburgo: Feevale, 1999.
ROJAS, Jucimara.
Educação
lúdica: a linguagem do brincar, do jogo e da brincadeira no aprender
da criança.
Editora- UFMS, Campo Grande – MS. 2009.
TELES, Maria Luiza
Silveira. Socorro!
É proibido brincar! Rio
de Janeiro: Vozes,
1999.
postado por: CEMCE 5 no dia 13 de novembro de 20102 ás 07;33 hs
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